2 de janeiro de 2011

(...) e o último (...).

     O primeiro (...) do ano.
     Desengane-se quem pensar que isto é uma reflexão.
   Se formos a ver, a nossa mera existência não é mais que uma confluência inequívoca do verbo ser e do verbo estar e do tempo e da singularidade ou pluralidade da pessoa.
    Ora, nesta perspectiva servida a cru  e bastante congruente até diga-se, de pouco servirá saberem o nosso nome ou verem a nossa carne se o nosso propósito é nulo em determinado sentido.
   Nunca por nunca ser algo deveria ser feito simplesmente porque sim e, se afirmamos a nossa existência, de certo lutamos pela auto-realização mas, às vezes, a última fatia do bolo ainda permanece no prato cheio de migalhas, e não depende de nós para ser mastigada e deglutida. E há-de lá continuar enrijecendo ao sabor do mesmo oxigénio que nós inspiramos. E com a humidade certa, num golpe de sorte (perceba-se a ironia) ainda será conspurcada por bolor.
   Não se relacione tudo isto com fatalidade mas sim com a simples ideia de que há caminhos sem intento, ou que deixam de o ter quando os fazemos sozinhos, caminhos onde outrora a pluralidade dominava naquela espécie de brita.
   Foi extremamente gratificante questionar-me sobre coisas que não lembrariam nem ao diabo e, embora tenha passado aqui pouco tempo, desde cedo soube que este espaço não iria durar.
   Passando a pretérito imperfeito, foi óptimo ter-vos como leitores. Talvez um dia volte cá para matar saudades, ou talvez não. Mas o quéquissimporta? Talvez muito pouco ou nada. Aqui, escrever sobre tudo aquilo que apetecia, se sabia, se era ignorante ou curioso é que importava. Eu, continuo a ser a Marta e o Francisco continua a contar coisas giras como sempre.
   Comam sempre a última fatia do bolo, sejam muito felizes e até breve!
   Muito obrigada e obrigadinho :)

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