19 de julho de 2009

Amanhã, agora.

Não sejas espectador daquele que te diz adeus
Não lamentes porque vai para longe
Não temas porque não mais o verás
Não te aflijas pelo Teu chorar inútil

Sê mero espectador do vosso passado
Lamenta porque deixaste aquele ir
Teme porque o deixaste ir
Aflige-te porque vos deixaste ir

Concentra-te
Arroja os teus pensamentos. Desperta os neurónios e ordena às cordas vocais que baloicem!
E,
Grita baixinho
Com lento fervor
Aquilo que desejaste ter dito desde o primeiro dia.

Olha nos olhos
Beija-lhe a face
e,

amanhã falamos.



1 comentário:

  1. "Somos grito, loucura, desmaio na dor de ser nada"

    Neste " Amanhã, agora" sensual, cada palavra é um veio...circulando pelo meio das artérias do tempo.
    Quase que consigo tocar as palavras, senti-las na sua intensidade e beleza...

    Pintei em traços vibrantes
    Aprisionei a beleza e a harmonia
    Dancei no sabor de irreverentes matizes
    Misturei a aurora com o fim do dia

    Um violoncelo soltou duas notas sorridentes
    Dançaram as cores de forma trágica
    Os pincéis inventaram a doçura do teu rosto
    Em movimentos de rodopiante mágica

    Adorei, por completo.
    Beijos e borboleteios

    ResponderEliminar